O Krav Maga nasceu da real necessidade de sobrevivência. Diferente de alguns sistemas auto intitulados “defesa pessoal”, o Krav Maga foi fruto da necessidade básica de sobrevivência imposta ao seu criador, Imi Lichtenfeld (Z”L), provado e testado em combate, salvando milhares de vidas desde que foi criado.
Na década de 40, na Europa, era um ambiente dominado pela guerra, violência e morte. Era a 2ª Guerra Mundial, e os Nazistas perseguiam as minorias étnicas. Foi esse o ambiente onde nasceu e cresceu Imi, percebendo que todas as técnicas de combate que existiam de nada valiam diante daquela realidade. Imi se via sempre obrigado a lutar pela sua vida e de sua família contra oponentes muitas vezes mais numerosos e armados. Tendo nada mais que seu próprio corpo, assim, como que iluminado, percebeu que tinha uma poderosa “ferramenta” e que poderia voltar pra casa vivo. Entendeu que seus movimentos naturais poderiam ser trabalhados para defesa própria e combate e seus pontos fracos também eram os mesmos pontos sensíveis de seus inimigos, afinal eles eram humanos. Com essa conclusão, que nos parece óbvia, mas que muitas vezes diante do medo não é o que vem em mente do cidadão comum, Imi decidiu criar uma técnica corporal e espiritual que seria eficiente para qualquer um, independente de força, tamanho, preparo físico, gênero ou idade, qualquer um poderia defender sua vida com aquilo que possuía, seu corpo e sua mente.
A história do Krav Maga se confunde a de seu criador, Imi Lichtenfeld (Z”L) e do Estado de Israel, seu país de origem. Seu surgimento se deu pela necessidade e não pelo oportunismo, como um caminho de vida, que devolve a dignidade para o homem dos novos tempos, trazendo soluções para qualquer tipo de violência, seja ela armada ou não, contra um agressor ou mais, em situações complexas de ataques terroristas ou crises com reféns. Como isso é possível? É possível pelo fato de seu princípio ser legítimo, inquestionável e incondicional, ele funciona em todos e em qualquer situação.
Após a 2ª Guerra Mundial, o Krav Maga foi utilizado por grupos de resistência e defesa de judeus na Palestina, e com a independência do Estado de Israel, em 1948, tornou-se a filosofia de defesa adotada pelo Tzahal, serviço militar israelense, polícia e Mossad (serviço secreto). No princípio era restrito apenas à elite militar (as Forças Especiais, Sayeret Matkal), mas a partir de 1964 foi liberado o ensino aos militares em geral e à população civil dentro do Estado de Israel.
Foi neste momento que seu criador, com a preocupação de dar continuidade à sua obra, transmitindo-a para o resto do Mundo e para as próximas gerações, selecionou um pequeno grupo que seria treinado e preparado para este fim, do qual Mestre Kobi Lichtenstein é parte integrante.
No ano de 1987, iniciou-se o ensino do Krav Maga fora do Estado de Israel. Vários foram os países que solicitaram cursos que obtiveram grande sucesso, como EUA, França e Inglaterra. Em 1990 o primeiro faixa preta saiu de Israel, com as bênçãos de Imi, para difundir o Krav Maga; Mestre Kobi chega ao Brasil, como o único representante do Krav Maga na América do Sul.
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